sábado, 24 de setembro de 2011

No coração do Dragão

De regresso a casa, ontem pela primeira vez na vida, assisti ao jogo ao lado de grandes amigos meus portistas. Apesar do grande companheirismo que nos une, é evidente e gritante a nossa diferença de cultura desportiva. Nestes jogos vejo sempre o jogo do outro lado da "barricada" mas este ano, uma "situação especial" proporcionou este acontecimento. Confesso que na última semana senti-me muitas vezes expectante e desconfortável com a situação. Na minha mente passavam vários pensamentos: por um lado existia o receio de o resultado do ano passado afectar psicologicamente a equipa, mas por outro lado, sentia uma fé inabalável de que os mandamentos de Jesus iriam comandar esta equipa à vitória. Escusado será dizer, que para a maioria dos presentes a vitória do CRAC era certa. 

Ao intervalo a certeza da vitória tinha dado lugar à certeza de um resultado dilatado. Realmente na minha minha perspectiva, oferecemos a primeira parte ao CRAC e como eu temia, o psicológico da equipa estava afectado.
Mal tinha começado a segunda parte e o Benfica igualava a marcha do marcador. Tacuara a fazer o melhor que sabe depois de uma excelente recuperação de "El Payaso" e de uma brilhante assistência de Nolito. Que alegria imensa. 
Nem três minutos passaram, e outra vez de bola parada, sofremos mais um golo. A equipa não foi abaixo,  manteve a posse de bola, conquistou o meio campo e "El Conejo" tirou um coelho da cartola e fez com que Nico Gaitán num remate de belo efeito colocasse justiça no marcador. A minha fé inabalável em Jesus e na equipa tinha realmente razão para acontecer. Jesus tinha ganho o duelo no banco ao Vitó de Espinho.

O jogo acabou. Para mim, o resultado sabe a pouco. Ficou a sensação de que se acelerássemos o jogo podíamos ter sido mais felizes. Faltou audácia mas houve muita disciplina. Este resultado, não é excelente, mas depois de todas as ocorrências do jogo, o empate acaba por satisfazer mais o Benfica e saímos do curral com um sinal bem claro: Contem connosco para o que vier! A certeza da vitória rapidamente deu lugar à incerteza do título no reino do Freixo. Neste combate pelo título nacional, deixamos o nosso adversário a sangrar. Mostramos que não é invencível. E instalamos o pânico  no reino do Dragão. Este sentimento de medo, foi a nossa maior vitória!


P.S. - Como podem perceber, apesar de tudo, o convívio futebolístico decorreu com o maior cavalheirismo possível. O futebol é uma festa bonita, quando a única preocupação é assistir a um bom jogo de futebol  Está toda a gente de parabéns!

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